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Porque o setor energético é considerado estratégico na advocacia?

Quando se fala sobre atuação jurídica no setor de energia elétrica, muito se questiona sobre o porquê o setor energético é considerado estratégico para advogados. A resposta para essa pergunta até parece simples, mas envolve uma cadeia multidisciplinar de áreas de mercado.

Em linhas gerais, com o crescimento do setor energético, muitos são os resultados positivos em nossa economia.

Ou seja, constantemente surgem novos negócios e oportunidades, como, por exemplo, a criação de 200 mil postos de trabalho por conta da energia solar ou mesmo o aumento de fusões e aquisições no setor de energia, dentre outras questões.

Todavia, para construir sua carreira no setor elétrico, precisa especializar-se e compreender porque o setor energético é considerado estratégico para profissionais do Direito. Saiba mais sobre como o segmento impacta a economia e a sua área de atuação!

Meio ambiente, crise hídrica e o Setor Energético

Há um diálogo muito interessante entre meio ambiente e o setor energético. Isso porque, quando você começa a estudar o setor de energia, sabe que há espécies de energias, podendo ser renováveis ou não renováveis.

O impacto da utilização de cada uma espécie de energia no meio ambiente é de suma importância para quem pesquisa o futuro da energia no país, haja vista que muito se fala em possibilidade de escassez.

O risco da escassez de recursos mostrou-se muito sério em 2021, quando ocorreram momentos de estiagem, que impactaram o setor de energia hídrica.

No caso de 2021, o impacto não foi apenas para as usinas hidrelétricas, isso porque, também se percebeu reflexos na produção agrícola e no abastecimento de água nas cidades.

Em matéria publicada no G1, foi entrevistado o Roberto Wagner, que é especialista em energia da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na entrevista, ele fala que o setor industrial já vinha passando por um momento muito difícil, que foi agravado pela pandemia.

Mas com a crise hídrica, os setores da indústria não têm margem de manobra para evitar um repasse desses custos. Por consequência, a energia ficando mais cara e afetando diretamente as indústrias, a tendência é que isso acabe sendo incorporado nos custos dos produtos, chegando ao consumidor final.

Ademais, no gráfico abaixo podemos observar porque há uma preocupação com a crise hídrica em nosso país, e quais seus reflexos no dia a dia do cidadão.

Como consequência, no primeiro semestre de 2021, o Ministério de Minas e Energia decidiu ampliar a geração elétrica a partir de usinas termelétricas, mais caras e poluentes, que funcionam com combustíveis fósseis (energias não renováveis).

O impacto dessas escolhas no cotidiano das pessoas não é imediato, mas se percebe com o decorrer do tempo, apontando também para a necessidade de mais pesquisa no setor energético, em especial, as energias renováveis.

Inclusive, esses dados servem para ratificar o porque o setor energético é considerado estratégico em nosso país, uma vez que as consequências ocorrem em cadeia para toda a sociedade e economia.

Energias renováveis e não renováveis

Como dito, podemos classificar a energia em duas modalidades: a energia renovável e não renovável. Para uma melhor compreensão, vou te apresentar um quadro explicativo:

Espécies de Energia
Energia renovávelEnergia não renovável
As fontes renováveis de energia são recursos energéticos que podem regenerar-se em um curto espaço de tempo, sendo considerados, portanto, inesgotáveis.As fontes não renováveis de energia são recursos energéticos que não se regeneram a curto ou a médio prazo, portanto, podem esgotar-se. 
– Energia solar 
– Energia eólica 
– Biocombustíveis 
– Energia geotérmica 
– Energia hidráulica
– Petróleo 
– Carvão mineral 
– Energia nuclear 
Gás natural 
Xisto betuminoso

Ademais, o nosso país é uma grande referência no segmento, isso porque, conforme relatórios Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 83% da energia gerada no Brasil vem de fontes renováveis, enquanto a média global é de 27%.

Esses dados, por exemplo, chamam a atenção de investidores mundo afora, que veem no Brasil uma potência no setor de energia, trazendo para o país muito investimento.

Os investimentos no Setor de Energia

Por ser considerado estratégico para o desenvolvimento do nosso país, o setor de energia também vem ganhando muitos investimentos, nacionais e internacionais.

Estima-se que o setor elétrico brasileiro receberá investimentos de R$ 365 bilhões até 2030, conforme expôs o diretor-geral da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone no “World HVDC Week 2021”.

Esses valores impactam direta e indiretamente todo o mercado nacional, gerando empregos, pesquisa e desenvolvimento para o país.

Fato é que o setor de energia vem se destacando, e os escritórios de advocacia e consultoria jurídica necessitam de profissionais com qualificação de ponta.

Os segmentos de atuação no Setor Energético

Inclusive, publicamos recentemente um texto no blog do IDP que pode lhe ajudar a compreender melhor quais as oportunidades para aqueles profissionais que desejam advogar no setor de energia.

No artigo comentamos sobre arbitragem no setor de energia, os procedimentos de fusões e aquisições, bem como a possibilidade de o profissional do direito prestar consultoria jurídica na área regulatória.

Para você ter uma ideia das oportunidades, só no Direito Privado, segundo os dados colhidos e fornecidos pela Transactional Track Record (2021), e há registros de uma movimentação no mercado de R$190,1 bilhões de reais, com 717 fusões e aquisições registradas ligadas ao Setor de Energia.

Outro setor que vem ganhando destaque por conta do Setor de Energia é a arbitragem, que segundo os relatórios elaborados pela professora e advogada Selma Lemes, observa-se uma movimentação de R$ 64,52 bilhões e R$ 55,20 bilhões, respectivamente, em 2020 e 2021, oriundos de litígios arbitrais.

É possível perceber que há muitas oportunidades no mercado de trabalho, ainda mais sendo um nicho que está em franca expansão.

Todavia, faz-se necessário que os profissionais do direito busquem uma especialização na área, para que a atuação, no cotidiano do setor regulatório, seja técnica, sofisticada e eficiente.

A atuação do advogado no Setor de Energia

Tendo um panorama geral sobre o Setor de Energia, é importante que você, profissional do direito, conheça profundamente este nicho de mercado, e sua importância para o desenvolvimento do país.

O conhecimento aprofundado no setor energético, permite ao profissional ser um profissional de destaque no mercado jurídico, podendo atuar em consultorias a empresas do setor elétrico, na área de compliance, e inclusive, nos departamentos jurídicos dessas empresas.

Nesta hora, o melhor investimento, sem dúvidas, é em uma pós-graduação em Regulamentação do Setor de Energia, como o MBA em Direito e Regulação do Setor Elétrico do IDP Online.

Com a especialização do IDP Online, você terá a possibilidade de estudar com os melhores professores do Brasil no Setor de Energia, online e ao vivo, o que torna-se muito vantajoso! Além de ser uma excelente oportunidade para realização de networking.

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